Dia Mundial sem Tabaco - Menos tabaco, mais saúde bucal


Segundo a OMS, mais de 8 milhões de pessoas vão morrer de ataque cardíaco e das demais doenças relacionadas ao tabaco, como derrame, câncer e doenças pulmonares. Isso não inclui as mais de 600 mil pessoas, mais que um quarto delas crianças, que vão morrer devido à exposição ao tabaco, como fumantes passivos. A ABO Nacional tem uma preocupação constante em suas campanhas antitabagistas, que acontecem em todo o Brasil


A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até 2030 mais de oito milhões de pessoas podem morrer em consequência do fumo. A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como doenças gastrointestinais, câncer, doenças pulmonares, entre outras. Em vista disso, no próximo dia 31, centenas de países alertam a população sobre os males que o cigarro traz, quando celebram o Dia Mundial Sem Tabaco. No Brasil, a campanha criada pela OMS em 1987, conta com o apoio da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).

A ABO tem se esforça para promover a saúde bucal e integral da população brasileira e às suas ameaças, entre elas, o tabagismo, principal causa de morte evitável e que, ainda assim, mata mais de 200 mil pessoas no Brasil por ano. A entidade odontológica combate o tabaco em diversos flancos. Antecipando-se às legislações estaduais que baniram o uso de cigarro e derivados de tabaco em ambientes de uso coletivo – públicos ou privados – a ABO decretou, em 2007, todos os seus ambientes (congressos, clínicas, salas de aula, etc.), em todo o Brasil, 100% livres de fumaça de cigarro. 

A medida foi tomada em consonância com a Federação Dentária Internacional (FDI), que, em resolução oficial, enfatiza que “não há nenhum nível seguro de exposição ao ar contaminado por fumaça de tabaco”, chamando a atenção para a necessidade de se “promulgar leis sem exceções para proteger as pessoas dos perigos da fumaça do cigarro alheio”. As 321 unidades da ABO, espalhadas por todo o território nacional, também realizam em suas regiões campanhas de combate ao fumo e de prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal, destacando o tabaco como fator de risco. 

A entidade mantém também parceria com a ONG Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), apoiando e divulgando todas as suas campanhas.


Odontologia no combate ao tabagismo
O engajamento da Odontologia no combate ao tabagismo pode salvar vidas não só por causa da já comprovada relação entre a saúde bucal e a saúde integral do organismo, mas também porque o cirurgião-dentista tem condições de detectar precocemente casos de câncer bucal, que tem como principal fator de risco o tabagismo. 

A denominação câncer bucal abrange as neoplasias malignas de cavidade oral mucosa bucal, gengivas, palato duro (céu da boca), língua, assoalho da boca e de lábio. É mais frequente em pessoas brancas e tem maior incidência no lábio inferior que no superior. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas, e os riscos aumentam quando o fumante é também alcoólatra. Os principais fatores de risco são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas. 

A ABO recomenda evitar o fumo e o álcool, promover higiene oral, ter os dentes tratados e fazer consulta odontológica de controle (exame clínico da boca) pelo menos uma vez por semestre para que a prevenção do câncer bucal seja eficiente. É importante, ainda, a manutenção de uma dieta equilibrada, rica em vegetais e frutas, além de outros hábitos saudáveis. Os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer da boca são cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em lesões iniciais, segundo o Inca, a cura pode ser obtida em 80% dos casos, evidenciando a importância do diagnóstico precoce.


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